29 dez 2020 | 22:10:57

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 28ª Edição

Nesta edição: Dark Bobby, Full do Jaguarete, Lionel The Best e Royal Forestry.


Dark Bobby

Imagem: Porfírio Menezes/O Favorito Turfe

Dark Bobby – Criação: Stud Birigui – Propriedade: Stud Stabile Quintella

Clássico Governador do Estado (L) – 1.600m/areia – Produtos de 3 e mais anos – Tarumã

Um ano após sua primeira vitória na “Milha” do GP Paraná, Dark Bobby voltou a Curitiba, para bisar o êxito obtido em 2019 e acrescentar mais uma vitória clássica à produção de Shanghai Bobby (Harlan’s Holiday e Steelin’, por Orientate), que competiu, nos Estados Unidos, por 8 vezes, tendo conquistado 6 primeiros lugares.

Champion 2yo, Shanghai Bobby permaneceu invicto, nessa idade, com vitórias no Champagne Stakes (G1) e na Breeders’ Cup Juvenile (G1). Encerrou sua campanha, aos 3 anos, com mais de US$ 1,8 milhão em prêmios. Ingressou na reprodução, em 2014, tendo vindo ao Brasil, no mesmo ano, para cumprir, aqui, a temporada sul-americana.

O ganhador de G2, segundo colocado na Breeders’ Cup Sprint (G1), Shancelot, ao lado de Joevia e de Pirate’s Punch, figuram como os melhores elementos da produção norte-americana de Shanghai Bobby. Este deixou 110 produtos, no Brasil, dos quais 12 tornaram-se black type winners. Dentre eles, os ganhadores de graduação máxima Inforcer e Lamartine. Em 2018, Shanghai Bobby foi comercializado, em definitivo, com o Japão, para onde seguiu e serve, com alojamento fixo, no Arrow Stud.

A mãe de Dark Bobby, Magny Cours (Our Emblem), foi égua de 4 vitórias, em Cidade Jardim, onde também formou a dupla em listed races e obteve colocações em provas de G2. Já a genitora de Magny Cours, Cat’s Night (Slap Jack), marcou época, na cancha reta nacional, recebendo o apelido de “Preta do Mangueirão”. Além de ter produzido a velocista, ganhadora de G1, American Night, Cat’s Night é, ainda, avó materna da tríplice coroada Old Tune, da ganhadora de G2, em Cidade Jardim, Dopio Vendetta, bem como de Verde-Mar, que, ao vencer prova de G3 na Suécia, tornou-se o primeiro animal brasileiro a conquistar prova graduada, na Europa.

Terceira mãe de Dark Bobby, Celina Igi (Pass The Word), além de Cat’s Night, gerou West Night, por sua vez mãe da múltipla ganhadora clássica (listed e G2), West Hope.

Inbreedings de Dark Bobby: Mr. Prospector (5x4) e Native Dancer (5x5). Família 1-w.

Full do Jaguarete

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Full do Jaguarete – Criação e Propriedade: Stud Jaguarete

Clássico Ricardo Lara Vidigal (L) – 2.200m/areia – Produtos de 3 anos – Cidade Jardim

De volta à raia de areia, Full do Jaguarete reencontrou o caminho das vitórias e colocou em relevo, novamente, o nome de Alcorano (Public Purse e Hit Oil, por Roy), que muito embora nascido no Haras Bagé do Sul, cumpriu sua campanha, integralmente, no Uruguai. Das 6 vitórias obtidas por Alcorano, a principal ocorreu no Gran Premio Pedro Pyñeirúa (URU-G1). O mesmo páreo foi vencido por Don Carrasco, o principal elemento da produção de Alcorano, até aqui. Trancaferro, outro destaque do stud record do semental, está prestes a competir no Carnival de Dubai.

A mãe de Alcorano produziu, ainda, Brujo de Olleros, um Wild Event vencedor do próprio “Pyñeirúa”, no país de origem, e que nos Estados Unidos, além de vencer o Hanford Memorial Stakes, veio a finalizar em terceiro, para Goldencents, na Breeders’ Cup Dirt Mile (G1).

Genitora de Full do Jaguarete, Cineasta (Amigoni) é uma das melhores, se não a melhor, matriz da coudelaria. Além de Full do Jaguarete, deu à luz o múltiplo ganhador clássico exportado, Eron do Jaguarete, além de Duty do Jaguarete, também múltipla ganhadora clássica, com destaque para o Grande Prêmio Diana (G1). A mãe de Cineasta, Bella Cy, figura como um dos mais emblemáticos produtos do Haras Cifra. Além de ser filha do garanhão da Família Frare, Belo Colony (New Colony), Bella Cy foi vencedora de listed e na reprodução gerou, dentre outros animais, Alta Vista.

Melhor exemplar do irlandês Amigoni, Alta Vista foi múltipla ganhadora de G1 (faltou-lhe apenas o GP Henrique de Toledo Lara (G1) para a conquista da tríplice coroa, em São Paulo) e produziu Hembra (Forestry), a exemplo da mãe, primeira colocada no GP Barão de Piracicaba (G1). Bella Cy é o principal destaque da produção norte-americana Caro’s Image (Caro), importada pelo Haras do Verde Vale, para o Brasil, nos anos 90.

Inbreedings de Full do Jaguarete: Buckpasser (5x5) e Northern Dancer (5x5). Família 7-a.

Lionel The Best

Imagem: Porfírio Menezes/O Favorito Turfe

Lionel The Best – Criação: Haras Palmerini – Propriedade: Stud My Hero Dad

Grande Prêmio Paraná (G3) – 2.000m/areia – Produtos de 3 e mais anos – Tarumã

Encerrando, com chave de ouro, sua primeira campanha aos 3 anos, Lionel The Best venceu, de ponta a ponta, a prova máxima paranaense, em novo êxito clássico para Christine’s Outlaw (Wild Again e Marianna’s Girl, por Dewan), que em 20 atuações, nos Estados Unidos, desempenhadas dos 2 aos 4 anos, obteve 5 primeiros lugares. O principal deles, no Poker Handicap (G3), em Belmont Park.

Christine’s Outlaw chegou ao Brasil em 2006 e sua primeira geração nasceu no ano subsequente. Desde então, firmou-se como destacado produtor, sobretudo, de milheiros e milheiros alongados. Além de Lionel The Best, dentre seus ganhadores de graduação máxima constam Universal Law, Joe Owen (ambos múltiplos ganhadores de G1 e atualmente reprodutores), Kris Five, Uareoutlaw e Veuve Fourny.

A mãe de Lionel The Best, Ricchezza Estrelada (Wild Event), descende de Ricchezza (Ghadeer), por sua vez também avó materna – a exemplo de Lionel The Best – de Escalibur, clássico de listed, na Gávea.

Já a terceira mãe de Lionel The Best, P. J. Extravaganza (Stopt The Music), de 13 vitórias nos Estados Unidos, corresponde a uma destacada importação do Haras Santa Ana do Rio Grande, na década de 1990. Produziu o ganhador de G3 Portista e o segundo colocado em G1, Pão Com Ovo. Além disso, é avó materna da múltipla ganhadora clássica (exportada para os EUA), Addae do Jaguarete, e do vencedor de listed, On The Brink.

Na tríplice coroa paulista deste ano, P. J. Extravaganza brilhou de modo especial: é a terceira mãe tanto do ganhador da prova inaugural (Lionel The Best), o GP Ipiranga (G1), quanto da segunda etapa - GP Jockey Club de São Paulo (G1) - no caso Wil Myers.

Inbreedings de Lionel The Best: Wild Again (2x3) e Northern Dancer (5x5). Família 8-c.

Royal Forestry

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Royal Forestry – Criação: Haras Belmont – Propriedade: Stud Fenômeno

Grande Prêmio Presidente Julio Cesar Ferreira de Mesquita (G3) – 2.200m/areia – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Um dos melhores arenáticos do ano, no Brasil, Royal Forestry figura em meio aos destaques da produção de Forestry (Storm Cat e Shared Interest), que, após ser adquirido, enquanto yearling, por US$ 1,5 milhão, viria a obter, em campanha, 7 primeiros lugares em 11 saídas. Seu êxito de maior destaque ocorreu por conta do King’s Bishop Stakes (G1), em Saratoga, aos 3 anos. Filho de uma ganhadora de G1, que também produziu a ganhadora da Breeders’ Cup Juvenile Fillies (G1), Cash Run, Forestry foi levado à reprodução, no ano 2000.

Nos Estados Unidos, Forestry tornou-se múltiplo produtor de graduação máxima, incluindo – os atualmente reprodutores – Shackleford e Discreet Cat. Como avô materno, consta nos pedigrees, dentre outros, do vencedor do Kentucky Derby (G1), Nyquist. Forestry foi adquirido, em definitivo, por criadores brasileiros, no ano de 2014. Além de Royal Forestry, aqui produziu a ganhadora de G1 Hembra e os ganhadores clássicos, exportados, Wind of Change e Orpheus. Na Balada, Itaperuna e Love You More compõem trio de ganhadoras clássicas, produzidas por Forestry, no Brasil. É pai, também, de Oceano Azul, que “pinta” como nome promissor, na geração 2018.

 

Além de Royal Forestry, Bela Val – uma Val Royal que, em campanha, obteve colocações – também produziu o múltiplo ganhador clássico - incluindo o GP Estado do Rio de Janeiro (G1) e colocado, em G2, nos Estados Unidos - Royal Ship. A terceira mãe de Royal Forestry, Angra dos Reis (Purple Mountain) despontou como promissora arenática, nas cocheiras do Haras Rosa do Sul, vencendo duas corridas nessa pista, onde permaneceu invicta, num total de 3 atuações. Na cria, originou a ótima Aliysa, múltipla ganhadora clássica, na areia de Cidade Jardim. Em Dubai, Aliysa foi terceira colocada em G3 e nos Estados Unidos faturou o Squan Song Stakes (black type).

Angra dos Reis é filha de Lark Luciana (Tumble Lark), que também produziu o invicto Soberbo (Restless Jet), de campanha precocemente encerrada, porém ornamentada com o troféu, dentre outros clássicos, do GP João Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata (G1) de 1993. Lark Luciana, por sua vez, descende de Daintiness (Gay Garland), ganhadora de listed, em Cidade Jardim.

Inbreedings de Royal Forestry: Northern Dancer (4x5) e Bold Ruler (5x5). Rasmussen Factor: Crimson Saint (4x4). Família 14-a.

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