02 ago 2017 | 12:24:43

GP Margarida Polak Lara: sina de campeãs

Prova integrante da Copa dos Criadores ABCPCC, a Taça de Prata de Potrancas conta como seleto rol de ganhadoras, o que provoca o imaginário do turfista sobre o que está por vir em 2017. Candidatas disputarão bolsa aproximada de R$ 194 mil.


Há poucas maneiras de se contar a história de um páreo, ao longo dos anos, de modo tão fidedigno ao seu “peso”, do que fazendo menção aos seus ganhadores. Neste caso, ganhadoras. Incorporada ao festival da Copa dos Criadores ABCPCC no ano de 2005, o Grande Prêmio Margarida Polak Lara (gr.I) não apenas tem seu troféu bastante cobiçado, como também ajudou a revelar algumas das melhores fêmeas vistas em ação nas pistas brasileiras, nos últimos anos.

Ever Love, ganhadora em 2005, hoje pertence à Darley

Imagem: Paulo Bezerra Jr.

Ever Love (Nedawi), a primeira vencedora da Taça da Prata enquanto prova do festival, no ano de 2005, obteve os Troféus Mossoró de melhor potranca de 2 anos e melhor potranca de 3 anos, de sua geração. Além do GP Margarida Polak Lara, a crioula da Fazenda Mondesir, então pertencente ao Stud Raça, venceu os Grandes Prêmios Barão de Piracicaba (gr.I), Diana (gr.I, em São Paulo) e Henrique Possolo (gr.I). Atualmente Ever Love integra o plantel de reprodutoras da Darley, na Europa.

Destino semelhante teve outra ganhadora da Taça da Prata, alguns anos mais tarde. Zara (por Redattore, do Haras Guayçara), vitoriosa na carreira disputada em 2012, após ter encerrada a campanha de 32 saídas e 10 primeiros lugares (9 deles em provas clássicas), restou adquirida pelo Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum – passando a figurar, portanto, como matriz da Darley. 

Entre Ever Love e Zara, todavia, houve tempo suficiente para que a Taça de Prata de Potrancas servisse de palco para outras destacadas corredoras. Celtic Princess (Public Purse), após vencer a primeira edição do páreo disputada em solo carioca, no ano de 2007, perdeu no fotochart – e em recorde – a Milha Internacional para Jet e na sequência esmagou os machos de sua geração no GP Linneo de Paula Machado (gr.I). Celtic Princess finalizou, ainda, em terceiro no GP Derby Paulista (gr.I) e nos Estados Unidos sagrou-se vitoriosa no Royal Heroine Stakes (gr.II), sem prejuízo de um segundo lugar, por margem mínima, no Gamely Stakes (gr.I). A defensora da Coudelaria Jéssica entrou para a história como a primeira fêmea a vencer o Troféu Mossoró de animal do ano, além de vitórias nas categorias de melhor potranca de 2 anos e melhor potranca de 3 anos.

Celtic Princess venceu a primeira Taça de Prata de potrancas disputada na Gávea, no ano de 2007

Imagem: Gérson Martins

Já Old Tune (por Wild Event, do Haras Internacional) possibilitou que os entusiastas do Rio de Janeiro saudassem uma tríplice coroada 11 anos após a saga da última delas – até então – Be Fair. Antes da magna conquista na Gávea, porém, Old Tune iniciou sua campanha no turfe paulista, em meio ao qual conquistou a Taça de Prata de potrancas no ano de 2011. Na segunda colocação, outro expoente da geração: Alta Vista.

Glucose (por Exile King, de criação do Haras Cruz de Pedra e propriedade do Stud Raça), Cores do Brasil (por First American, de criação de Marcos e Mauro Ribeiro Simon e propriedade do Stud Farda Vencedora), Talenta (por Wild Event, de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Stud J. G. Correia) e Pura Classe (por Grand Slam, de criação do Haras Old Friends e propriedade do Stud Farda Amiga) saíram-se vitoriosas nas edições realizadas em 2006, 2008, 2009 e 2010, respectivamente.

Em 2013 teve início sucessão de êxitos por parte do Haras Santa Maria de Araras. Brilhantíssima (Put It Back), obteve, na ocasião, a primeira vitória de G1, que seria seguida pelos troféus dos Grandes Prêmios Henrique Possolo (gr.I) e Diana (gr.I) – tendo lhe faltado somente o GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (gr.I) para a conquista da tríplice coroa. Em 2014, foi a vez de Calêndula (Shirocco) entrar para o rol de ganhadoras de graduação máxima criadas por Julio Bozano. Por fim, Daffy Girl (Wild Event) deslocou-se até Cidade Jardim no ano de 2015 para dar início à série de triunfos que fizeram dela o elemento mais destacado dentre as fêmeas de sua geração – com menção especial para o double nas versões, paulista e carioca, do Grande Prêmio Diana (gr.I), além de um autêntico massacre comandado contra os machos, no Derby do GP Cruzeiro do Sul (gr.I).

Old Tune venceu a Taça de Prata em São Paulo, no ano de 2011, e no semestre sequinte conquistou a tríplice coroa na Gávea

Imagem: Paulo Bezerra Jr.

No ano passado, Nostalgie (Fluke), de criação do Haras Doce Vale e propriedade do Stud Vail Valley, prevaleceu numa demonstração de notável superioridade. Desde então, Nostalgie competiu apenas uma única outra vez, em março de 2017, quando escoltou Domenica (Redattore) no GP Euvaldo Lodi (gr.III).

Para o embate que está por vir, Silence Is Gold (por Agnes Gold, de criação do Haras São José da Serra e propriedade do Stud São Francisco da Serra) porá em jogo a liderança, por ela detida, dentre as fêmeas da geração 2014, na Gávea. Após uma estreia encantadora, Play Around (por Agnes Gold, do Haras São José da Serra) não desempenhou da mesma maneira ao competir na raia encharcada, por conta da prova seletiva. Ordinary Love (Ay Caramba), dona de irretocável vitória em eliminatória disputada durante o meeting do GP Brasil, poderá marcar o bicampeonato da criação Doce Vale.

Juju Popular (por Al Arab, do Haras Figueira do Lago), Jolie Mabi (por Rock of Gibraltar, do Haras FIigueira do Lago), Feminine (por Wild Event, do Haras Santa Maria de Araras) e Future Queen (por Wild Event, do Haras Santa Maria de Araras), em forma de duas parelhas, também emprestarão suas qualidades à versão 2017 do Grande Prêmio Margarida Polak Lara – Taça de Prata (gr.I), que distribuirá cerca de R$ 194 mil em prêmios.

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